Virtudes: o que são e como podem desenvolver Pessoas?
Vamos falar de Filosofia?
A nossa publicitária e Social Media tem estudado muito sobre as virtudes e o papel que elas exercem na rotina do indivíduo.
Neste trecho, ela pincela sobre o que são as virtudes e de que forma elas podem ser integradas na Gestão de Pessoas.
“Há um grande desafio a ser descoberto, das questões gerais da Filosofia: ‘O que é virtude? ’ e ‘Qual o papel das virtudes na ética e na boa vida?’ para questões específicas sobre virtudes e supostas virtudes nos negócios, como lealdade, dependência, integridade, sagacidade e dureza. “ (SOLOMON, 1992)
Segundo Solomon (1992), Aristóteles é o filósofo melhor conhecido por sua ênfase no cultivo das virtudes.
Do latim virtus,a palavra significa uma disposição constante da alma para praticar o bem e evitar o mal, conforme Aristóteles em Ética a Nicômaco (1984).
Na tradição platônica e aristotélica, as virtudes têm sido consideradas, como rasgos de caráter, positivos, que contribuem para o despertar e florescimento espiritual da pessoa humana.
“Virtude é fazer o melhor , com excelência , e não apenas […] ‘mantendo o nariz limpo.’ As virtudes que constituem negócios
não devem ser concebida como virtudes puramente éticas ou morais , como se Ética nos negócios fossem nada mais do que a aplicação geral
de princípios morais a um contexto específico.” (SOLOMON,1992)
Como critério moral, com as virtudes, enfatiza-se a importância da implementação de bons hábitos de caráter, apreendendo-se normas de comportamento.
Segundo Aristóteles, uma vida virtuosa consiste num processo de esforço, a fim de alcançar a perfeição, que existe em potencial, no ser humano.
Os utilitaristas, como Jeremy Bentham, definem as virtudes, como traços de caráter, não inatos, que se desenvolvem por uma educação moral, a ser experimentada. Segundo ele, tal faculdade é como disposição e hábito de conduta, incorporado profundamente na pessoa, constituindo assim uma segunda natureza.
Há desacordo entre os filósofos. Para uns é mais virtuoso e admirável quem supera fortes tentações e não depende delas. Para Aristóteles, não há meio termo, em matéria de virtudes, que podem ser morais e intelectuais.
“As virtudes são qualidades pessoais que orientam os comportamentos para o bem comum. ” (Arjoon, 2000). Fowers (2009, p. 1013) definiu virtude como “a forma de excelência que permite ao indivíduo prosseguir finalidades valorosas nas atividades quotidianas […] pelo que a virtude não é a sua própria recompensa […]” Isto é, as virtudes são as disposições naturais para a excelência; possibilitam à pessoa se orientar por uma bússola moral, capaz de gerar comportamentos positivos os quais buscam a prática do bem, um círculo virtuoso possível, progressivo, constante e construtivo.
“Quando adotadas coletivamente, as virtudes transformam-se em qualidades da organização e ajudam a desenvolver o músculo moral da mesma (Cameron & Winn, 2012). As virtudes são, pois, hábitos que se expressam na ação de uma forma autêntica e convicta. Isto é, são mais do que fazer as coisas bem-feitas (Kay, 2013).”
A notícia boa é que as virtudes, da mesma forma que a performance física, por meio da prática regular de exercícios, são possíveis de serem desenvolvidas através de práticas mentais deliberadas.
Como diz Aristóteles em seu texto “Sobre Virtudes e Vícios”: “À virtude seguem-se honestidade, razoabilidade, indulgência, otimismo […] Tais características, pois, estão todas elas entre as coisas louváveis. ”
Para Solomon (1992) “Empresas são comunidades reais, não ideias ou idealizadas, logo, o lugar ideal para começar a compreender a natureza das virtudes.” Ele faz seis considerações para estruturar o que chama de virtudes nos negócio, as chama: comunidade, excelência, papel identitário, holismo, integridade e julgamento.
Em uma sociedade em crise, a prática das virtudes é indispensável porque gera valor para as empresas.
Ana Letícia Cantini
Social Media da Orientto