Processo de Coaching, Mentoring e outras atividades – Ensaio Científico
Qual a relação entre o processo de Coaching, Mentoring, Couseling e Orientação profissional?
Antes de entrarmos no assunto de maneira mais direta, vale ressaltar que pela primeira vez aqui no site e, provavelmente, no Brasil, um ambiente digital sem ligação direta a uma Universidade separa um espaço para divulgação e debate sobre temas ligados ao processo de coaching. A minha intenção é também desenvolver e divulgar estudos que realmente poderão elevar as discussões a respeito do tema.

Muitos falam e acabam se confundindo ao falar sobre o processo de coaching, mentoring, couseling e orientação profissional. Você sabe a diferença?
Este ensaio, que será o primeiro a ser divulgado não à toa, já que seu título é:
Orientação Profissional, Mentoring, Coaching e Counseling: Algumas singularidades e similaridades em práticas
Os autores deste ensaio são: Carlos Roberto Ernesto da Silva e Ernesto & Associados – João Pessoa-PB/Brasil.
Orientação Profissional
Neste ensaio, os autores explicam que processos de orientação profissional são confundidos com novas metodologias, que são representadas pelo processo de coaching e mentoring. Sendo que, na ânsia de solucionar lacunas entre as demandas de mercado e a autopercepção das pessoas, muitos profissionais não sabem diferenciar ao certo o alcance de cada abordagem.
Em relação a orientação profissional, principalmente no Brasil e nos EUA, alcançam jovens em fase escolar, que estão definindo sua carreira. Além disto, uma de suas abordagens se utiliza do método clínico, sem o cunho terapêutico, sendo de responsabilidade do cientista social.
Ainda sobre a orientação profissional, esta vêm sendo aplicada em profissionais que já se encontram no mercado de trabalho.
Mentoring
O Mentoring é um processo cujo o profissional mais velho patrocina ou treina o profissional mais novo. De acordo com os autores, diferentemente da Orientação profissional, que se aplica em diversos ramos e fases da vida, esta só se aplica no meio profissional. O foco principal do trabalho é o desenvolvimento do profissional mais jovem, para que este alcance seus objetivos.
Em relação ao processo de mentoring, este se divide em quatro fases:
- iniciação;
- cultivo;
- separação;
- redefinição.
O fluxo desta fase é o da “isonomia de experiências”. Na primeira fase, o posicionamento é o de “dono do saber” para o mentor e de “aprendiz” para o mentoreado. Já na última fase, as relações tendem a se igualar e tendo como foco principal a independência do mentoreado.
Coaching
O trabalho no processo de coaching, ao contrário do que muitos pensam, se afasta do mentoring, pois o processo de coaching tem como objetivo a liberação do potencial do coachee, sem que o coach influencie com sua experiência pessoal a vida de seu cliente.
Apesar disto, a linha entre o coaching e o aconselhamento é bastante tênue. Inclusive, em minha formação, percebi grande dificuldade dos que me rodeavam em não aconselharem os seus coachees. Segundo relato dos mesmos e até de mim mesmo, as vezes a “língua coçava” para dar uma opinião ou apontar um caminho. Mas, se a intenção é liberar o potencial de alguém, este precisa seguir por si mesmo.
Além disto, os autores citam que mesmo com toda a confusão gerada sobre o nome “coaching“, algumas proposições são mais consistentes:
- definição de metas claras pelo coachee;
- não necessidade de que o coach seja um especialista na área em questão;
- o processo de coaching, quando se veste de cunho organizacional, pode ser conduzido por um profissional externo, quanto interno;
- processo de coaching não pode ser aplicado em indivíduos que apresentem distúrbios comportamentais. Este papel fica para o psicólogo com a terapia.
De acordo com os autores, tanto o processo de coaching, mentoring e orientação profissional possuem a similaridade de que todos buscam também o desenvolvimento profissional do cliente.
Couseling
O couseling, ao contrário dos processos citados acima, teve sua origem atrelado ao método clínico e do diagnóstico psicológico. No entanto, no decorrer do século XX, o couselingtambém se aproximou dos métodos citados acima.
Neste contexto, como nenhuma das duas áreas desapareceram, existem duas formas de cousenling: a) couseling de Carreira e o couseling Emocional. O primeiro pode ser aplicado por qualquer profissional e o segundo apenas por um psicoterapeuta.
Neste sentido, o couseling pode tanto se aproximar do processo de coaching / mentoring, por lidar com situações de carreira, quanto da orientação profissional, que lida com aspectos emocionais e que são melhor trabalhados por psicólogos. Outra diferença entre estes é que no primeiro ponto, os objetivos e interesses trabalhados no processo podem ser levantados tanto pelo cliente, quanto pela organização que patrocina o processo. Já no segundo caso, a definição dos objetivos são trazidos pelo paciente.
E aí, achou interessante este resumo que fiz? Clique aqui e confira o artigo na íntegra, podendo, assim, tirar suas próprias conclusões.
Espero que este artigo tenha sido útil!
Até a próxima!